O impacto do surto do Covid-19 exige uma mudança no paradigma empresarial, que ultrapassa o momento atual. Talvez esta pandemia tenha trazido a oportunidade que faltava a muitas organizações para se reposicionarem e/ou acelerarem a sua transformação digital, revendo os seus processos por forma a torná-los mais ágeis.
Nestas semanas, muito se tem publicado, com mais ou menos humor, mas no que a este artigo diz respeito existiu uma partilha que considero bastante oportuna:
(ver artigo completo em https://www.empreendedor.com/transformacao-digital-a-vacina-das-organizacoes-contra-a-pandemia/)
De facto, a resposta correta é a aliena c). Não foi o líder da empresa, nem o responsável da transformação digital, foi mesmo o Covid-19 que decidiu o momento da mudança organizacional.
A tecnologia tem sido o antivírus ou vacina encontrada para manter a economia viva. O digital assumiu-se como sendo o “braço direito” das organizações para que possam dar continuidade ao seu negócio.
Muitas organizações tiveram de implementar soluções ‘à bruta’, e outras soluções ‘brutais’. São resultados completamente diferentes, a começar pela definição das duas palavras em questão.
A primeira solução – ‘à bruta’ – é tosca, remediada e pouco eficiente, é como um penso rápido numa ferida que precisa de ser desinfetada e devidamente tratada. Já uma solução ‘brutal’ é uma solução eficiente, eficaz, que, pela rapidez de implementação, custos e resultados, posiciona a organização como mais apta para se adaptar ao paradigma que se está a constituir.
A nova realidade ou – arrisco-me a escrever – paradigma, demonstra-nos que o teletrabalho, a digitalização e automação de processos e a robotização da produção estão a manter as organizações ativas e produtivas como até então nunca se tinha verificado.
A transformação digital é, agora, imperativa. É a altura ideal para se sair da zona de conforto e abrir novos horizontes. As organizações têm de saber gerir os processos de mudança cultural para que consigam implementar as suas estratégias.
O crescimento exponencial e repentino do teletrabalho implicou uma mudança na dinâmica empresarial, uma vez que as organizações tiveram de inventar condições/ferramentas para que os seus colaboradores possam desempenhar, senão a totalidade, pelo menos a maioria das suas funções.
Uma dessas ferramentas prende-se com o acesso à documentação. O papel deixou de estar acessível a qualquer hora, a qualquer momento, ao invés do digital que passou a estar disponível apenas à distância de um simples clique.
A digitalização da documentação mostrou-se vital para assegurar o “normal” funcionamento empresarial, porque só desta forma é possível aceder, de forma segura, a toda a documentação necessária para o exercício das suas funções. Além disso, há a grande vantagem de um documento poder ser acedido por vários colaboradores ao mesmo tempo e em qualquer horário ou lugar.
Muito se tem falado que há um Antes e um Depois do coronavírus e não tenho quaisquer dúvidas que a entrada definitiva das PME na sociedade 5.0 irá ser fruto desta pandemia, marcada pela transformação digital e pelo uso das tecnologias. A tecnologia já estava disponível, mas muitas organizações ainda não tinham mudado o mindset para esta alteração comportamental.
Perante o Covid-19, temos de retirar o seu lado positivo e não nos esquecermos o que estamos a aprender com estas novas rotinas e, sobretudo, que o uso equilibrado da tecnologia nos traz imensas vantagens e soluções.
Como diz o povo, parar é morrer, portanto, é altura de correr, mas como sempre na direção certa.
Paulo Veiga
(Ceo da EAD)
(in https://www.empreendedor.com/transformacao-digital-a-vacina-das-organizacoes-contra-a-pandemia/)