Parece nome de Blog, mas ainda não é.

Em termos pessoais, ter uma rotina é comum a todos: de manhã, antes de irmos para o trabalho, temos tudo programado, em alguns casos, quase ao segundo, tomamos café no mesmo sítio, fazemos o mesmo caminho, temos os mesmos procedimentos assim que chegamos ao local de trabalho, respondemos da mesma maneira, enfim… ficaríamos aqui a enumerar um sem fim de rotinas.
Mas fará sentido termos assim tantas rotinas? Já pensou nas suas? Já pensou no que pode alterar para melhor a sua vida pessoal e profissional? Talvez não saibam, mas alterar rotinas estimula o cérebro e o nosso cérebro, tal como outro órgão do corpo, precisa de estímulos. Pense nisto e comece a alterar alguns procedimentos e veja o quão benéfico é para si sair da sua zona de conforto: mude o local de beber café, vá por outro caminho para o seu local de trabalho, cozinhe algo de diferente (faça experiências), mude o seu estilo (tenha tempo para se arranjar) não vá logo para casa quando sair do trabalho. Faça o teste, experimente. Afinal, são nas coisas simples que desfrutamos a vida…

A rotina de um colaborador, numa organização, pode, por exemplo, estar cheia de reuniões de negócios, projetos e prazos para cumprir. Mas se não tiver uma boa organização corre o sério risco de passar uma imagem negativa para os clientes, fornecedores e restantes colaboradores. Portanto, é fundamental organização da sua rotina diária: as suas tarefas, a pertinência das suas reuniões, os seus e-mails… Este tema preocupa-me em particular…. Não é de agora que grandes empresas pretendem reduzir a quantidade excessiva de e-mails que circulam internamente e que, consecutivamente, atrapalha a produtividade de cada um. Conhece este filme: um e-mail que gerou “500” e-mails sobre um não tema e que tem “500” pessoas em CC? Eu conheço e ainda acrescento que enfio a “carapuça”: sou escravo dos e-mails, que cada vez são mais (mas não fica nenhum por responder!). Adorava ter um e-mail killer. Alguém conhece?

Gostava de conseguir adotar algumas medidas de grandes empresas, como a Atos Origin (uma das maiores TI da Europa). Thierry Breton, o CEO da Atos Origin, quis acabar com o uso de e-mails dentro da empresa, uma vez que estes não são um meio eficiente de comunicação. O plano do CEO visava incentivar o uso de mensagens instantâneas pelo Facebook, rede interna ou outras redes sociais e contemplava o fim da troca de e-mails entre os colaboradores. Segundo informações divulgadas pela empresa ao longo do ano, a redução de e-mails já alcançou 20% nos últimos seis meses. Breton confirma a minha suspeita: referiu que o número de e-mails que circula na empresa é insustentável para o negócio. A quebra de produtividade era assustadora! Segundo ele, os gestores gastam entre 5 e 20 horas por semana a ler e a escrever e-mails. E que 18%, dos 200 e-mails diários recebidos, são spam. O próprio Breton afirmou que não enviou nenhum e-mail interno nos últimos três anos, usando como argumento para que os colaboradores adotassem mais rapidamente as mensagens instantâneas. Eu não consigo, mas gostava porque vejo, claramente, este cenário nas EAD e no tecido empresarial (não só português). Será que o caminho é mesmo a diminuição do número de e-mails dentro das empresas, em troca de uma comunicação mais ágil e menos formal? Existe alguma esperança no ar… Eu gostava de agarrar essa esperança e acabar com esta rotina, parva…