Adoro desporto, basquetebol, futebol, etc. Se há algo que me arrependo é de não ter praticado mais desporto quando era novo
Não é segredo para ninguém que a seguir à minha família é, talvez, a minha segunda grande paixão, por isso não posso deixar de assinalar o momento que vivemos. Não importa se a equipa vem antes ou no dia 11 de julho para Portugal. Importa enaltecer o espírito que nos assalta quando a nossa seleção joga, o arrepio que nos percorre o corpo quando ouvimos o hino nacional. O futebol perfila-se como um importante meio de afirmação de identidades e de exaltação da identidade nacional. Como se costuma dizer, “o país para”. Para, porque temos um orgulho infinito em sermos portugueses, porque apesar de sermos o tal pequeno “país à beira mar plantado”, a nossa força é tanta que facilmente encontramos um português noutro pequeno ou grande país, por mais longínquo que fique do nosso, a torcer por nós. Os estádios franceses estão cheios de portugueses que fazem questão de apoiar o seu país natal, gritando e gritando “Portugal allez”. Mais do que nunca gritam, no seu país de abrigo, o orgulho de serem portugueses. Levantam-se de madrugada e esperam horas infinitas para obterem um aceno de um qualquer jogador português, no campo de treinos. É como se estivéssemos em casa e sabemos acolher como ninguém. Sim, somos bons. Sim, temos garra, muita garra e temos o(s) melhore(s) do mundo a trabalharem em equipa de topo, para nos proporcionarem momentos de exaltação.
Seja no relvado, seja nas quatro paredes de uma empresa, o trabalho de equipa significa criar um esforço coletivo para atingir um fim, com a dedicação e garra individual de cada um, mas unidos, para alcançar o sucesso. E mesmo que esse sucesso não seja atingido, a responsabilidade é repartida. Não adianta apontar o dedo a este ou aquele. Numa equipa, cada membro sabe o que os outros fazem e reconhecem a sua importância para o sucesso da tarefa, será que o Ronaldo faz a seleção sozinho? Claro que não, mas é a referência. Os objetivos são comuns e as metas coletivas são desenvolvidas para ir além daquilo que foi pré-determinado. O trabalho em equipa possibilita trocar conhecimentos e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados. Na sociedade em que vivemos, trabalhar em equipa é muito importante, pois cada um precisa da ajuda do outro.
Por mais que que brilhemos e tenhamos talento, por mais que tenhamos o melhor do mundo, é preciso lembrar que sozinhos nós somos muito frágeis. É necessário acabar com a ideia de que o mundo é formado por forças individuais. “Fulano tal, resolve”. Não. Nem o melhor do mundo resolve se não tiver um bom suporte, uma boa equipa, uma equipa que trabalhe com e para ele. É importante entendermos o poder da ajuda mútua e a de que os líderes das equipas superam crises quando se unem. Juntos somos muito melhores do que sozinhos e eu tenho orgulho em dizer que colaboro com a melhor equipa e por isso estamos sempre nos grandes campeonatos.
É este paralelismo que me fascina. Para mim, é indissociável o desporto coletivo da, suposta, realidade. O mundo não gira à volta do futebol, embora às vezes pareça, penalizando outras modalidades. Mas a génese do desporto, do futebol em particular, e os valores positivos que lhe estão associados são facilmente transponíveis para o nosso dia a dia, para a nossa realidade empresarial.
Até vir a nova época, deixem-me viver estes dias, porque o futebol está aí em força, apesar de muitos críticos dizerem que o seu clarão ofusca as virtudes e as dificuldades de continentes esquecidos e de problemas por resolver. Mas deixem-nos viver este tempo efémero, depois voltamos à realidade… Amanhã penso no défice e nas, eventuais, sanções da União Europeia e noutras coisas menos boas.
Viva Portugal.