1 – Em 2015, foram 7270 as pequenas e médias empresas distinguidas com o selo de qualidade PME Líder.
2 – Nos principais setores de atividade, o comércio, serviços e construção é aquele que tem maior número de empresas PME Líder (4318), seguido pela indústria (2432), turismo (391) e agricultura (128).
3 – As PME Líder continuam a crescer contra a corrente. No contexto económico nacional, estas empresas assumiram-se como a exceção à regra, tendo quase sempre taxas de crescimento bem superiores às que foram alcançadas pelas restantes empresas.
4 – Na hora de investir, as PME Líder contrariaram a tendência do restante tecido empresarial e aumentaram o investimento em 5%, ultrapassando 28 mil milhões de euros. Investiram mais e também em todas as categorias: investimento económico, ativos não correntes e investimento financeiro.
5 – As PME Líder fizeram uma melhor gestão e em 2014 conseguiram aumentar o volume de negócios em mais de 5,6% e o valor acrescentado bruto em quase 9%. Valores muito diferentes das restantes PME.
6 – Para perceber melhor a visão do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, acompanhámos o governante numa visita de um dia a três empresas do concelho de Nelas, em Viseu, um dos municípios líderes da Região Centro, tanto na capacidade de atração de investimento como na de criação de emprego.
7 – Em entrevista, o ministro da Economia defendeu que os instrumentos de capitalização criados pela Instituição Financeira de Desenvolvimento podem ser uma opção para as empresas portuguesas. Com destaque para as que apostam mais em inovação tecnológica.
8 – Nas palavras de Caldeira Cabral, as três prioridades do Ministério da Economia para as empresas nos próximos anos são: a capitalização, a inovação e a simplificação e modernização administrativa.
9 – Em discurso direto, Eduardo Stock da Cunha faz um retrato da situação atual de acesso ao financiamento na banca e também revela como os mercados internacionais estão a percecionar o mercado português. O CEO do Novo Banco olha para as perspetivas de evolução da economia
portuguesa com realismo: o país devia ter a ambição de crescer acima de 2,5%.
10 – As empresas têm de pensar, de forma estratégica, onde e em que áreas querem investir. Devem alinhar as competências de que dispõem com as necessidades do mercado que pretendem atingir. O conselho para todas as PME é deixado por Miguel Cruz, presidente do IAPMEI.
11 – Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, aponta a criação de melhores condições de acesso ao financiamento como um fator chave para a dinamização dos vários setores de atividade. Em entrevista, o responsável aponta também as oportunidades que existem no turismo e traça um retrato da situação atual do setor.
12 – Vítor Fernandes, administrador do Novo Banco, garante não existirem condicionamentos ao financiamento para as empresas com boa qualidade. Da mesma forma, aconselha as empresas a estarem capitalizadas não só com capitais próprios mas também com capitais, embora de terceiros, mais adaptados ao seu negócio.
13 – “Ser empreendedor é sexy! Efetivamente, investir na economia real dá dinheiro!” A opinião é de Miguel Rangel Henriques, presidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels. Nesta revista pode ler 12 textos de opinião das figuras mais relevantes do panorama nacional, que ajudam a traçar prioridades nas áreas chave para as empresas: investir, inovar, internacionalizar e gerir.
14 – No que diz respeito à gestão, as PME Líder são as que arriscam menos mas produzem mais. Na esfera da inovação, são as empresas com mais investimento em projetos, mas com o emprego na área a verificar uma quebra.
15 – No contexto da internacionalização, as exportações representam quase um quarto do negócio das PME Líder. No entanto, também se importa mais, embora estas empresas contribuam fortemente para o equilíbrio da balança comercial. No que toca ao investimento, elas apostam na aquisição de bens duradouros ou de instalações, deixando para segundo plano o investimento em formação de ativos.
16 – No universo das PME Líder, o setor da agricultura é o mais produtivo: com 2,02 euros de produtividade, este setor chave da economia foi aquele que teve melhores resultados neste indicador.
17 – Já o setor do turismo é o mais rentável. Os dados mostram que as PME Líder de alojamento e restauração apresentaram, em 2014, uma rendibilidade económica bruta de 17%.
18 – O título de maior exportador vai para o setor da indústria: as exportações representaram para a indústria 4972 milhões de euros e uma taxa de 42,1%, os valores mais elevados de entre os quatro setores
19 – O setor do comércio, serviços e construção foi responsável por 124.247 postos de trabalho, o mais elevado entre os quatro setores, correspondendo a um peso no total de 5,3%. É por isso o maior empregador.
20 – Ser líder é uma ambição de todas as empresas, mas apenas uma elite consegue contribuir de forma determinante, para o desenvolvimento da economia nacional. Assim se definem as empresas que ostentam o selo de qualidade PME Líder
(in PME Líder, Edição 2016 – Revista Exame)