É claro para todos que as organizações contratam colaboradores porque precisam deles para o seu funcionamento.
Ora, quando um dos seus colaboradores falta ao trabalho isso gera transtorno. Po exemplo, numa fábrica, a produção pode ficar parada ocasionando prejuízos, no comércio as vendas podem ser prejudicadas pela falta do vendedor e, por fim, numa oficina a falta de um mecânico pode deixar vários veículos por arranjar. Estes são apenas alguns exemplos, entre tantos, de prejuízos para algumas organizações. A penalidade para o colaborador é o desconto no ordenado, mas para a organização a sua ausência pode prejudicar em muito, originando perda de dinheiro e não obtendo os resultados esperados. Mas os colaboradores não se lembram disso ou então não se importam. Mas também se “esquecem” que a constante falta de assiduidade pode ser motivo de demissão. Claro que o Código do Trabalho prevê que os colaboradores das empresas possam faltar alguns dias por motivo razoável e que esteja relacionado com o próprio ou com a família, sem que isso represente uma violação do dever de assiduidade. Não obstante, o colaborador deve comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade. Aliás, como referi anteriormente, a organização contrata um colaborador porque a sua presença é imprescindível para o desempenho da organização, não é apenas para fazer caridade.
Analisemos a origem da palavra assiduidade: palavra que tem origem nos termos, em latim, assiduus ou assiduitate. Consultando o dicionário, deparamo-nos com a definição de que é a qualidade ou caráter de assíduo; e assíduo é o que comparece com regularidade e exatidão ao lugar onde tem de desempenhar seus deveres ou função. Assim sendo, pontualidade e assiduidade são obrigações funcionais do colaborador. São condições preliminares para o desempenho de quaisquer relações de emprego. Digo mais, não deveriam ser tratadas na avaliação de desempenho, mas ser objeto da disciplina da gestão de pessoas. Ser assiduo e pontual deveria ser ponto de honra de qualquer colaborador/pessoa. É uma falta de respeito chegar atrasado a um encontro e muito menos a uma organização. Não ser pontual é uma falha comum do ser humano, mas uma coisa é chegar atrasado a um compromisso social, outra é estar atrasado para dar início à jornada de trabalho.
Os maus hábitos laborais são contagiosos. Se o gestor permite que um ou dois subordinados não sejam assíduos ou pontuais, logo o mau hábito vai disseminar-se, fazendo escola entre os demais. Não podemos ser coniventes com o problema, a prontidão para enfrentar educacionalmente os faltosos depende do estabelecimento e da manutenção de um clima de trabalho de respeito aos compromissos e às obrigações.
No entanto, também temos que ver o outro lado da “medalha”, ie, por forma a aumentar a assiduidade nas organizações, temos que olhar para dentro e fazer o mapeamento dos principais motivos que levam os colaboradores a faltarem ao trabalho. Em muitos casos, não é intencional, mas decorrem das condições do transporte público, da dificuldade de acesso à organização ou mesmo porque um dia o relógio não despertou… Estar mais próximo dos colaboradores, ouvi-los e compreender as suas razões, necessidades e dificuldades também é papel das organizações. Isto mostra respeito e comprometimento com os colaboradores. De qualquer forma, atrasos e faltas todos temos, mas não podem é ser contínuos.