A Cimeira Um Planeta, realizada no dia 12 de Dezembro em Paris, transformou-se numa ocasião para os atores económicos e financeiros anunciarem compromissos contra o aquecimento global como o abandono das energias fósseis e pressão sobre as empresas para se tornarem “verdes”.
O Banco Mundial anunciou que após 2019 vai deixar de financiar a exploração de petróleo e gás. É o primeiro banco multilateral a adotar semelhante compromisso neste setor.Em 2016, estes financiamentos na indústria petrolífera e de gás representaram cerca de 1,6 mil milhões de dólares, sendo menos de 5% da totalidade dos fundos acordados no mesmo ano.
A seguradora Axa anunciou que renunciará a segurar e investir em todas as empresas envolvidas na construção de centrais a carvão. O grupo francês conta também retirar cerca de 2,5 mil milhões de euros de investimentos do setor.
A Axa prometeu alienar até 700 milhões de euros de projetos ligados à extração de petróleo de areias betuminosas. Em paralelo, vai aumentar para nove mil milhões de euros os investimentos “verdes”, nomeadamente em infraestruturas, até 2020.
O banco holandês ING comprometeu-se a “acelerar a diminuição” dos financiamentos alocados a centrais de carvão. Até 2025, não financiará mais do que os produtores de eletricidade que utilizem menos de 5% de carvão e parará de financiar diretamente os projetos de centrais de carvão. Estes financiamentos diretos baixaram já 9% no ano passado.
No total, 237 empresas decidiram por em prática as recomendações de um grupo de trabalho do G20 para melhorarem o seu comportamento ambiental, perante o risco climático da sua atividade. Entre elas, 20 dos mais importantes bancos do mundo e 80% de gestoras de ativos.