O Encontro de Transformação Digital regressa a Lisboa para a sua quinta edição, no próximo dia 20, no VIP Executive Art’s Hotel, dedicado ao tema “Eficiência, Produtividade e Segurança” na gestão documental. Estes três pilares estão na ordem do dia por integrarem o guião de objetivos digitais da Comissão Europeia para 2030. Entre os oradores estão Savannah Bell, diretora de parcerias e alianças estratégicas da OpenBots, Marco Santos, diretor-geral da Fin-prisma, Nuno Frota, CFO da Sotheby’s Realty Portugal, Pedro Boavida, diretor técnico da Securnet, e Jorge Carvalho, solutions sales manager na Dyanix Portugal. Em entrevista à PME Magazine, Paulo Veiga, moderador do evento e CEO da EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, que organiza o evento, fala sobre o que esperar deste encontro.
PME Magazine – Qual a importância de um evento para discutir o processo de digitalização das empresas?
Paulo Veiga – Nesta fase pós-pandemia, é indiscutível que a transformação digital é imperativa para as organizações sob pena de não acompanharem o mercado e perderem competitividade. Enquanto profissionais do setor cumpre-nos partilhar as soluções, com os melhores processos e tecnologias existentes e, sobretudo, demonstrar as suas mais-valias. Razão pela qual convidamos, sempre, os nossos para, connosco, partilharem a sua experiência. Trata-se de um momento único, onde estamos juntos e fortalecemos relações.
PME Mag. – Como é que a transformação digital está a mudar o mercado?
P. V. – A transformação digital muda as empresas para que possam facilmente adaptar-se ao mercado, esse, sim, em mutação acelerada, disruptiva e, portanto, que a torna imperativa. É preciso interiorizar que a tecnologia é, hoje, um meio sólido, robusto e essencial para a melhoria da experiência com clientes, trabalhadores e parceiros. Portanto, quanto mais digitais as empresas forem mais o vão querer ser. Não importa se o seu produto é ou não digital, mas sim o facto da sua empresa ser reconhecida, julgada e apreciada.
PME Mag. – Como é que a EAD pode ajudar as empresas no processo de digitalização?
P. V. – A primeira transformação começa no mindset, nas pessoas e na gestão das empresas. Não é instantânea, nem resolve todos os problemas, é um processo complexo, requer investimento, formação e liderança. Sem esta consciência ou ingredientes, não podemos ajudar. O mundo mudou muito nestes 29 anos de EAD, os nossos clientes e suas necessidades, também. A transformação digital veio, sem dúvida, abrir um leque de oportunidades ao mundo digital e que a companhia tem sabido aproveitar, posicionando-se como um dos principais players a oferecer soluções na otimização dos processos documentais (digitais ou analógicos) associados aos processos de negócios das empresas. Nunca como antes existiram softwares tão desenvolvidos e robustos para que as empresas possam manter a sua atividade core, sem perder o foco. Queremos dar seguimento a esta discussão e continuar a fornecer ferramentas às empresas para uma gestão documental que torne os seus processos mais eficientes e seguros.
PME Mag. – Porque é que é importante falar sobre eficiência, produtividade e segurança neste momento?
P. V. – Considerando a situação atual de Portugal e a importância da digitalização para o crescimento da economia, estes três pilares estão na ordem do dia por integrarem o guião de objetivos digitais da Comissão Europeia para 2030. Todos desejamos mais e melhor. Para o obter, teremos, sempre, de ser mais eficientes, mais produtivos e executar em segurança, física e digital, todas as nossas atividades. A tecnologia tem um papel fundamental como meio para atingir estes objetivos e é este o intuito do evento: mostrar como a digitalização das organizações, sustentada nos três pilares supra, pode acelerar este caminho.
PME Mag. – Que tendências para 2023 serão expostas no evento?
P. V. – O leque de intervenções é rico e diversificado. Desde logo falaremos sobre robot process automation (RPA), o, como a tecnologia pode ajudar as organizações a realizarem tarefas importantes, mas rotineiras e de pouco valor acrescentado. Abordaremos, também, o importante tema da cibersegurança, onde vamos alertar para a importância que a empresas têm de dar a esta temática, porque cada vez há maiores riscos de ataques cibernéticos, com o intuito de roubar os seus dados, ou mesmo destruir toda a sua informação. A exposição digital tem também os seus perigos e este é um dos maiores. Finalmente, falaremos ainda sobre como as tecnologias disruptivas podem auxiliar esta nova realidade de negócio, coexistindo com a captura de informação tradicional.