Março 10, 2022
Os oceanos abrangem 70% da superfície da Terra, são a maior biosfera do planeta e são o lar de até 80% de toda a vida no mundo. Geram 50% do oxigénio que necessitamos, absorvem 25% de todas as emissões de dióxido de carbono e captam 90% do calor gerado por essas emissões. Os oceanos não são apenas “os pulmões do planeta”, mas também o maior depósito de carbono – um amortecedor vital contra os impactos das alterações climáticas.
Os oceanos alimentam uma biodiversidade inimaginável e produzem alimentos, empregos, recursos minerais e energéticos necessários para a vida no planeta sobreviver e prosperar. Há muito que ainda não sabemos sobre os oceanos, mas há muitas razões pelas quais precisamos de o gerir de forma sustentável – como estabelecido pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14: Proteger a Vida Marinha.
A ciência é clara – os oceanos estão a enfrentar ameaças inéditas devido a atividades humanas. A sua saúde e capacidade de sustentar a vida só irá piorar à medida que a população mundial cresce e as atividades humanas aumentam. Se queremos abordar algumas das questões mais marcantes do nosso tempo, tais como as alterações climáticas, insegurança alimentar, doenças e pandemias, diminuição da biodiversidade, desigualdade económica e mesmo conflitos e guerras, temos de agir agora para proteger os nossos oceanos.
2.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas
REFORÇAR A AÇÃO PARA PROTEGER OS OCEANOS COM BASE NA CIÊNCIA E NA INOVAÇÃO PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 14: PROTEGER A VIDA MARINHA – BALANÇOS, PARCERIAS E SOLUÇÕES.
A conferência tem lugar num momento crítico, pois o mundo procura resolver muitos dos problemas profundamente enraizados nas nossas sociedades e evidenciados pela pandemia da covid-19. Para mobilizar a ação, a Conferência procurará impulsionar as muito necessárias soluções inovadoras baseadas na ciência, enraizadas nos ODS, destinadas a iniciar um novo capítulo na ação global pelos oceanos.
As soluções para um oceano gerido de forma sustentável envolvem tecnologia verde e usos inovadores dos recursos marinhos. Incluem também as ameaças à saúde, à ecologia, à economia e à governação dos oceanos – acidificação, lixo marinho e poluição, pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, e a perda de habitats e biodiversidade.
Liderança
Os Governos de Portugal e do Quénia coorganizam a Conferência dos Oceanos.
Liu Zhenmin, subsecretário-geral das Nações Unidas para os Assuntos Económicos e Sociais, será o secretário-geral da Conferência, e Miguel de Serpa Soares, subsecretário-geral para os Assuntos Jurídicos, será o conselheiro especial dos presidentes da Conferência dos Oceanos.
(In site Nações Unidas)