Empresa vocacionada para a gestão de documentação quer reforçar a sua presença na Região. Paulo Veiga, fundador da EAD, diz que o processo de transição digital é crucial para as empresas regionais.

Há 13 anos no mercado regional, a EAD, uma empresa vocacionada para a gestão de documentação em outsourcing e implementação de novos processos de negócio – a primeira em Portugal -, prevê quase duplicar a sua faturação, este ano, na Região.

“A faturação do Grupo foi de 12 Milhões em 2021 e na Região de 80.000 euros. Em 2022, as nossas previsões apontam para 150.000 euros. É, portanto, um crescimento importante para o qual estamos desde já preparados”, referiu. ao JM, Paulo Veiga.

O CEO e fundador do Grupo EAD participa hoje, na Madeira, no primeiro encontro regional da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação – a BAD -, subordinado aos “Desafios dos profissionais da informação na região Autónoma da Madeira”.

Pioneira no mercado nacional onde conta com 380 colaboradores a EAD dispõe de quatro funcionários na Região, mas as previsões são para reforçar a sua presença na Madeira.

“As perspetivas de crescimento são boas, estamos otimistas. A atividade comercial segue intensa com muitos pedidos de clientes. Isto demonstra que as empresas regionais estão desejosas de inovar e investir, deixando para trás os tempos recentes de contenção e retração”, afirma Paulo Veiga, acrescentando que a EAD tem “uma importante palavra a dar no que à transição digital diz respeito” e ao no que concerne ao apoio às empresas”.

 

140 mil digitalizações

No ano passado, a empresa digitalizou 140.000 documentos e este ano espera digitalizar 200.000. Paulo Veiga destaca o programa “Digital Madeira” cujo objetivo é reforçar a capacitação empresarial das PME, fomentando a economia digital através de apoio à transformação dos modelos de negócio das empresas e à desmaterialização dos fluxos de trabalho e da faturação.

“Os nossos desafios são os dos nossos mais de 2000 clientes, desejamos ajudá-los a serem mais eficientes e eficazes no controlo documental dos seus processos de negócio. Quantas propostas se perdem por não termos a informação pertinente no momento certo? Isto custa dinheiro e recursos que são escassos nas empresas”, sublinha.

O fundador do Grupo EAD diz que a ideia é potenciar as parcerias existentes na Região, como é o caso da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) e da Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas, Profissionais da Informação e Documentação.

“Consideramos que a promoção do processo de transição digital é um passo muito importante para o tecido empresarial madeirense, pois permitirá às empresas da Região utilizar as ferramentas tecnológicas como principal instrumento de trabalho, tornando a sua atuação no mercado mais fluída, rápida, dinâmica e eficiente, potenciando a sua competitividade, melhorando a experiência do consumidor cliente e mitigando a distância física decorrente da condição ultraperiférica”, afirma Paulo Veiga.

Na Madeira, os clientes da EAD são do setor hoteleiro, mas a empresa apoia também bancos e seguradoras, apostando, por exemplo, em ferramentas que permitem a automatização do tratamento de reservas.

“No setor público, temos trabalhado com o Arquivo Regional e outras empresas do setor público regional e institutos. Gerimos os seus arquivos, que estão sob custódia segura nas nossas instalações e digitalizamos os seus documentos. No total temos 45 clientes”, conclui Paulo Veiga.

O porta-voz da EAD lembra que a Economia Digital e adoção de novas soluções ao nível da utilização e difusão das tecnologias da informação e telecomunicação (TIC) foi um processo acelerado pela pandemia da Covid-19. Para o empresário, ficou claro que as empresas que não adotarem novas tecnologias serão preteridas por outras que o fizerem.

“Contudo, há riscos, reais e sérios, não só ao nível da segurança cibernética, como temos visto recentemente, mas também para garantir o cumprimento do RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados). Mais uma vez, aqui há empresas com maiores perigos, como são os bancos e a indústria dos serviços de saúde, que tratam dados especiais e, portanto, todas as atividades de tratamento devem estar registadas, as categorias de dados e tipo de dados”, alerta.

(in  Jornal da Madeira 21/02/2022)