O Económico Madeira ouviu empresários sobre as perspetivas, desafios e projetos delineados para 2022.
1 – Quais são os desafios que o vosso setor enfrenta este ano?
2 – Que projetos é que têm delineados para este ano no global e para a Madeira?
PAULO VEIGA
CEO e Fundador da EAD
1 – A gestão documental está atualmente associada à transformação digital. Portanto, endereçar corretamente todos os aspetos inerentes a uma transição para o digital, é essencial. Há mais de dez anos que ajudamos os clientes a digitalizar os seus processos de negócio e trata-se de um investimento, mas, no limite, tem retorno com o melhor serviço ao cliente.
A nossa missão, neste particular, é apoiar numa transição digital correta. Partilhar experiências, mostrar resultados e salientar que uma transição digital menos correta pode ter graves prejuízos para as organizações. São projetos que devem envolver todos, desde a estrutura de topo às pessoas da linha. Os investimentos devem ser muito bem ponderados, nomeadamente em tecnologia, e é importante recordar que o primado tem de ser as pessoas, a tecnologia é apenas o meio para um fim.
Outro desafio é a distribuição ponderada e atempada das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Para esta área, as verbas são manifestamente insuficientes, pelo que o rigor na distribuição das mesmas deve ainda ser maior, diria mesmo à prova de bala.
Finalmente, há uma escassez crónica de intraestruturas para instalarmos um novo centro de operações para as nossas atividades na região. Não existem imóveis para aquisição e os que existem estão com preços muito acima de qualquer valorização bancária para financiamento.
2. A nossa presença na região tem mais 13 anos. A vontade de fazer mais e melhor não diminuiu com o tempo, pelo contrário: as nossas competências têm aumentado e temo-las implementado localmente com sucesso. A nossa oferta de produtos e serviços tem crescido e está ao dispor das empresas regionais e vamos continuar a trabalhar e a investir na divulgação do que a EAD pode fazer pelas entidades regionais, nomeadamente o Governo Regional e entidades privadas. Vamos também continuar na procura de instalações próprias, investimento para o qual reservamos 300 mil euros.
(in https://leitor.jornaleconomico.pt/edicao/economico-madeira/60)