Temos o privilégio de fazer parte de um maravilhoso ecossistema que é o do planeta terra. Somos a espécie que mais impacto tem no mesmo, resultado das suas atividades.

A verdade é que se todos fizermos a nossa parte para manter a nossa casa “saudável” poderemos ter resultados globais surpreendentes. Quando não o fazemos a natureza encarrega-se de o fazer por nós. É o caso da atual pandemia, sobre a qual arrisco-me a dizer, com um pouco de humor à mistura, que o Covid-19 fez mais pelo ambiente em três meses do que a Greta Thunberg em alguns anos.

Esta mudança de paradigma laboral, com a emergência do teletrabalho, vai ter um impacto brutal na forma como nos relacionamos profissionalmente. As grandes multinacionais, especialmente as telcos, estão a anunciar que o teletrabalho será mantido em elevadas percentagens da sua força laboral, promovendo uma alternância entre os colaboradores.

Em breve, procurarão escritórios mais pequenos, com as poupanças inerentes. E se a poupança é um driver importante, existem para as pessoas outras vantagens a considerar, sendo as mesmas diferentes de pessoa para pessoa. No entanto, arrisco-me a dizer, que o grande beneficiado poderá ser o nosso planeta pela redução da emissão de gases do efeito estufa.

Faltará agora elencar os meios para que tudo isto seja possível e eles são, sem dúvida alguma, a transformação digital associada à Inteligência Artificial (IA), que é um chavão muitas vezes repetido e exaustivamente utilizado, um dos subcampos mais antigos da ciência da computação e para o qual o pouco que sabemos fica desde logo associado às multinacionais.

O teletrabalho, claramente, não será passageiro, as plataformas colaborativas dotadas de IA são fundamentais, pois permitem simular ambientes de trabalho adaptados e equipados para as necessidades remotas das novas formas de trabalhar.

“arrisco-me a dizer que, com o teletrabalho, o grande beneficiado poderá ser o nosso planeta”

As organizações e as pessoas têm, hoje, novos e modernos ecossistemas suportados em plataformas colaborativas, com IA, que facilitam a resposta a todo o tipo de necessidades, desde a logística, à saúde, aos media, à educação, à mobilidade, etc.

Naturalmente, a adaptação a este novo mundo não será totalmente suave e sem percalços, vamos necessitar de assimilar muitas novas capacidades e de alterar o nosso mindset e predisposição a que sempre nos habituámos enquanto sociedade.

Fundamental para um trabalho de qualidade, devo salientar, são as soluções de gestão documental em cloud, que permitem um controlo de tarefas e worflows documentais, garantido uma rastreabilidade total dos documentos recebidos e produzidos nas organizações, até as apps, para manter o trabalho colaborativo de equipas em mobilidade conectada. Estou a falar de ter a informação à distância de um clique.

O enabler da transformação digital está aí e veio para ficar, apoiando a transição para as novas realidades de vida e trabalho com as quais vamos lidar de agora em diante.

É caso para dizer, abençoada tecnologia, que tantas vezes criticamos (até com alguma razão) e que agora se revelou, mais do que interessante ou algo giro, fundamental para atravessarmos este período de confinamento.

Em 15 dias, as empresas que resistiam a estas tecnologias, perceberam que não há outro caminho que não seja adotar as mesmas nas diversas etapas da cadeia produtiva. Isto também só foi positivo porque estas tecnologias estão acessíveis, geralmente assentam em soluções cloud, out-of-the-box, sem investimento, apenas pagando por uso e, muito mais importante, fiáveis e robustas como nunca foram.

É, por isso, necessário que comecemos desde já a preparar-nos para esta mudança, e que olhemos para ela como uma oportunidade de aprendizagem, crescimento e progresso para um mundo cada vez mais evoluído e que, quem sabe, talvez com a transformação digital, o mundo venha a ser até muito melhor do que imaginávamos.

Paulo Veiga
(Ceo da EAD)

(in https://www.empreendedor.com/tambem-pelo-ambiente-a-transformacao-digital-deve-ser-prioridade/)