Um enorme dispositivo flutuante, desenhado por um cientista holandês para limpar a ilha de lixo no oceano Pacífico que tem três vezes o tamanho de França, recolheu pela primeira vez plástico do mar alto, avança o The Guardian.

O criador do projeto “Ocean Cleanup”, Boyan Slat, fez uma revelação no Twitter, na quarta-feira passada, anunciando que o engenho recolheu mais de 600 metros de comprimento em lixo que flutuava no oceano, proveniente da chamada Grande Porção de Lixo do Pacífico.

Juntamente com uma imagem dos detritos colhidos, que incluíam a roda de um carro, o jovem ambientalista escreveu: “O nosso sistema para limpar o oceano está finalmente a funcionar e a apanhar plástico desde os maiores bocados até aos mais microscópicos! Já agora, alguém deu por falta de um pneu?”.

As correntes marítimas têm vindo a deixar um largo rasto de detritos entre o Havaí e a Califórnia, que são aglomerados numa determinada zona. Esta representa a maior acumulação de plástico no oceano, do mundo.

O sistema de limpeza foi desenhado não só para recolher as redes de pesca abandonadas e grandes bocados de plástico, mas também microplásticos.

A barreira flutuante que trata de fazer a limpeza tem 10 metros de profundidade e é capaz pretende apanhar os 1,8 milhões de fragmentos de plástico que poluem o oceano Pacífico, sem perturbar a vida marinha.

Slat diz que o objetivo agora é conseguir aumentar a capacidade do sistema para acumular lixo durante pelo menos um ano até que seja trazido para terra.

Os resíduos arrecadados pelo engenho serão levados para costa para serem reciclados, em dezembro.

(in CM)