Defendo que a transformação digital é o correto uso da tecnologia para potenciar, de forma significativa, a performance das empresas por meio da mudança, por vezes disruptiva, da forma como executa os processos de suporte e negócio. Esta é uma nova abordagem da gestão, onde as TI desempenham um papel fulcral.

A transformação digital requer não só uma liderança forte para fazer avançar as mudanças, mas também uma visão clara sobre que parte da empresa pretendemos transformar.
Portanto, terá de ser a gestão de topo a definir uma estratégia de transformação na estrutura, cultura e processos, que irá consubstanciar-se na forma de estar no mercado junto dos stakeholders.

É fundamental lembrar que a transformação digital não é unicamente uma mudança tecnológica – ainda que esta seja o pilar mais importante – vai muito mais além, como seja na infraestrutura, organização, liderança e num foco renovado na completa experiência dos seus clientes, recursos humanos e fornecedores.

Como pode imaginar, as novidades tecnológicas não devem desvalorizar as necessidades de preparação, comunicação e formação de pessoas.
Um projeto de transformação digital é, acima de tudo, um conjunto de desejos. É querer alcançar melhores resultados com menos recursos e mais rapidamente. Numa palavra: produtividade. No entanto, esta expressão não é mais do que um desejo e, como tal, coloca nas administrações de topo um elevado grau de incerteza.

Quantos de nós conseguimos dar um passo à retaguarda e tentar perspetivar a nossa empresa daqui a cinco ou a dez anos? Ou mesmo daqui a três anos?

Todos nós já ouvimos que muitas das empresas ou marcas que conhecemos hoje já não existirão daqui a uns anos. Outras empresas já desapareceram e muitas saudades deixaram.

Também ouvimos que as mais altas capitalizações bolsistas são hoje de empresas tecnológicas (onde Portugal tem a única empresa unicórnio avaliada em mais de mil milhões de dólares, a Farfetch), ou de empresas que vendem serviços de transporte ou de alojamento sem ter veículos ou hotéis, casos da Uber ou da Airbnb.

Este novo mundo é desafiante, cheio de oportunidades, pelo que as administrações de topo têm de perceber, nestes novos tempos, o que os clientes e consumidores desejam e como. Têm de ir pulverizando na sua organização a cultura digital, introduzindo-a em todas as agendas da empresa, acompanhando e monitorizando de forma sistemática todo o processo de mudança.

Em conclusão, para se manter uma marca ou produto relevante com uma perceção positiva no mercado, temos de garantir que oferecemos algo atraente, assegurando que há um momento “Wow!”.

Caso contrário, tal como os dinossauros, corremos o risco de enfrentar a extinção.

Não é suficiente sair na frente, para vencer, é preciso correr na direção certa!

Bem-vindos à Transformação Digital.

(in http://www.empreendedor.com/que-beneficios-tiram-as-empresas-da-transformacao-digital/)