Novo edifício de empresa de arquivo de documentação ocupa 1600 metros quadrados e tem 12 metros de altura, o equivalente a um prédio de cinco andares.

A EAD – Empresa de Arquivo de Documentação está a concluir um investimento de 1,5 milhões de euros num novo centro de operações, no Montijo. A empresa liderada por Paulo Veiga pretende usar este espaço sobretudo para depósito de arquivos. Esta infraestrutura conta também com um sistema springler, de combate ao fogo, e que permite recuperar os documentos mesmo que fiquem molhados.

“É o maior investimento feito desde 2009 na EAD. Ocupa 1600 metros quadrados e tem 12 metros de altura, o equivalente a um prédio de cinco andares”, refere o líder da EAD em entrevista por telefone ao Dinheiro Vivo.

Este espaço servirá sobretudo para “arquivo intermédio”, ou seja, documentação de contabilidade e recursos humanos que, por lei, tem de ficar arquivada durante 10 anos. No Montijo, a empresa poderá acomodar 200 mil caixas de arquivo e que irão ocupar um total de 90 quilómetros. “Estas instalações têm todas as condições de segurança possíveis, ao nível do que se faz nos Estados Unidos e na Alemanha”, garante. A empresa espera poder replicar o mesmo espaço em 2019. “Daqui a dois anos poderá ser feito um novo depósito com capacidade equivalente. É uma forma de mostrar que viemos para ficar.” Esta permanência será possível porque a EAD comprou um terreno no Montijo em 2008 com 21 mil metros quadrados. O aumento das instalações será feito ao mesmo ritmo do envio de arquivos.https://www.ead.pt/wp-admin/post-new.php#

Entrada na Polónia A EAD está a preparar-se para entrar no mercado polaco, com a compra de uma empresa de documentação local. “A operação poderá ficar concluída em julho. Apresentámos uma proposta conjunta de cerca de um milhão de euros. Temos várias empresas em lista: duas em estado avançado de negociação, uma delas com oferta vinculativa”, refere Paulo Veiga.

A confirmar-se, a Polónia será o primeiro mercado internacional da empresa. Paulo Veiga assinala que os polacos “têm boas qualificações e muito boas infraestruturas”. Além disso, é neste país que grupos portugueses como EDP, BCP e Jerónimo Martins têm realizado investimentos significativos. Este fator também contribui para a vinda da EAD para o país do leste europeu. A empresa de documentação prevê fechar 2017 com receitas acima dos cinco milhões de euros, o que poderá levar a EAD a voltar a distribuir os resultados pelos trabalhadores. Para o registo fica esta frase de Paulo Veiga: “Acabámos de dar um mês de salário por cada trabalhador”. São 84 pessoas, ao todo.