Porque associamos o SOS ao perigo?

O código SOS de Socorro é mundialmente conhecido e tem como finalidade pedir ajudar em qualquer língua.
As siglas SOS estão ligadas ao perigo, ao pedido de ajuda e à necessidade de prestar atenção para um acontecimento fora do comum, mas a verdade é que esta sigla, nasceu do Código Morse. Ou seja, trata-se de um acordo do antigo sistema de telégrafo criado por Samuel Morse, em 1835, que combinava pontos e travessões usados na emissão e receção de mensagens.

As letras “S”, no Código Morse, consistam em três pontos, e a letra “O”, consista em três espaços, ou seja, visualmente obteríamos qualquer coisa assim: • • • – – – • • •. Desta forma, a adoção do termo SOS, surgiu para ajudar as pessoas a memorizarem a posição dos pontos e dos espaços.
Porquê código morse?
O código Morse combinava vários símbolos (letras, números e sinais de pontuação), através de um sinal codificado enviado ininterruptamente, que proporcionava uma fácil memorização, especialmente em situações que exigiam uma rápida ação. Assim sendo, CQD foi o primeiro sinal de perigo emitido, que tinha a seguinte explicação: “CQ” significava a emissão de uma mensagem e o “D” estava relacionado com a palavra inglesa danger, que significa “perigo”. No entanto, este símbolo foi considerado difícil de emitir porque requeria muitos toques, e por essa razão este símbolo acabou por ser considerado impróprio para situações de emergência, acabando por cair no esquecimento.
O que se dizia na gíria?
Na gíria, o SOS sempre foi associado a frases como “Save Our Ship” (tradução: Salve o Nosso Navio), “Save Our Souls” (tradução: Salve as Nossas Almas) ou “Send Out Succour” (tradução: envie socorro). Na verdade, estas associações nunca estiveram por trás da criação do SOS, no entanto a associação a estas frases facilitava a memorização do real significado.

Outros sinais
Em janeiro de 1914 foi adotado o TTT como “sinal de emergência” para ser usado pelos navios, em situações que envolvesse perigo na navegação.
Durante a Segunda Guerra Mundial, outros códigos foram utilizados para incluir detalhes sobre ataques de embarcações inimigas. O sinal SSS dizia respeito ao ataque de submarinos, o RRR apontava para a possibilidade de se dar um assalto pela superfície, já o QQQ indicava a presença de uma embarcação desconhecida no campo de batalha e, por último, o AAA apontava para ataques aéreos. Por norma, estes sinais eram enviados em conjunto com o código SOS.

Curiosidades
– O primeiro navio a enviar um SOS, por rádio, foi o Arapahoe, que se encontrava perdido ao norte do continente americano, a 11 de agosto de 1909.
– O fim do sentido original do SOS aconteceu em janeiro de 1999 quando foi oficialmente retirado o serviço de telegrafia Morse nas comunicações marítimas. A Autoridade de Segurança Marítima da Austrália foi a última a deixar a renunciar oficialmente o sistema.