30, 31 de fevereiro. Calma, tudo continua na mesma. Na mesma, desde o século VI a.C.
Os romanos adotaram um calendário baseado nas mudanças de fase da Lua, com 355 dias distribuídos por 12 meses. Naquela época, o ano começava em março e terminava em janeiro! Aí sim, o ano iria começar mesmo no Carnaval… Todos os meses tinham 29 ou 30 dias. Os romanos achavam que fevereiro era um mês desfavorável, lutuoso. Por isso deixaram o mês com apenas 28 dias.
Em 46 a.C, durante o governo de Júlio César, houve a grande mudança: o calendário passou a basear-se no ciclo solar. Com isso, os meses ficaram com 30 ou 31 dias, totalizando 365 dias. Ainda, no mesmo período, o ano bissexto foi instituído, inspirado pelo calendário dos egípcios. Dois anos depois, o Senado decidiu homenagear o imperador. Ao invés de um cântico, uma pintura ou uma placa, eles sugeriram que o mês Quintilis, com 31 dias, se chamasse Julius (julho).
Já em 8 a.C, Sextilis, nome do oitavo mês, mudou para Augustus, em homenagem ao imperador César Agusto. Agosto, originalmente com 30 dias, ganhou mais um, retirado de fevereiro, que parou nos 28. Tudo isso porque um César não podia ter mais dias que o outro. Para continuar meses intercalados de 30 dias, setembro passou para 30 dias e assim por diante.
No século XVI, o papa Gregório XIII fez mais algumas modificações no calendário que perduram até hoje.